10 Práticas de controle de custos na Multicloud
Assim como água na torneira, a facilidade de obtenção tende a tirar atenção do consumidor às limitações e aos custos dos recursos. Segundo o Gartner, os investimentos em nuvem pública devem manter em 2024 a taxa de 20% de expansão, contra 8% do total de TI. A abordagem cloud first se consolidou, ao ponto de se tornar irreversível. A questão hoje é como evoluir em governança, gestão e eficiência operacional nesse cenário.
As dicas compiladas de palestras, artigos e muita conversa com os grandes profissionais, evidentemente, têm que ser avaliadas caso a caso. Algumas recomendações são recorrentes e outras bem peculiares, de problemas e soluções específicas que aparecem no decorrer dos projetos.
- Monitoramento consolidado
Com vários departamentos e times consumindo serviços, é importante que alguém tenha visão e controle do custo total. - Análise por linha de negócio
É importante também ter análises granulares relacionadas a provisionamento e custos para cada perfil de aplicação ou produto. Os projetos têm premissas de criticidade, complexidade, prazos, além de vários fatores peculiares ao negócio, que mudam a forma de fazer as contas de investimento e retorno. - Defina padrões
A flexibilidade e a pluralidade de opções nas nuvens é uma vantagem usada com parcimônia nas organizações mais avançadas na jornada. Ao definir um conjunto de especificações para oferecer aos desenvolvedores e times de negócio, se facilitam o gerenciamento, as negociações comerciais, além de se ter uma base para aumentar o nível de automação e das políticas de segurança. - Construa serviços desacoplados
Usar serviços nativos da nuvem é um excelente acelerador de inovação. A possibilidade de simplesmente plugar, por exemplo, recursos de reconhecimento facial ou tradução automática às aplicações viabiliza a entrega de grandes funcionalidades, com agilidade e baixo risco. Contudo, se recomenda que as aplicações core se mantenham “agnósticas” e imunes a lock in (amarração ao provedor). O ideal é que não se mudem nem os IPs para movimentar as cargas entre as opções da multicloud. - Utilize as ferramentas de AIOps
Os grandes provedores de nuvem (hyperscalers), assim como os fornecedores de plataformas para multicloud, disponibilizam ferramentas de análise e gerenciamento, atualmente com recursos de machine learning e inteligência artificial. Enxergar os pontos cegos e oportunidades ocultas de otimização costuma ter um impacto operacional e financeiro considerável. - Automatize
Com equipes sobrecarregadas e ambientes cada vez mais complexos, a automação é fundamental para agilidade e eficiência operacional. Além desse benefício mais evidente, a automação plena mitiga riscos (como abuso ou roubo de credenciais privilegiadas) e agrega auditabilidade ao ambiente. - Explore as opções econômicas de infraestrutura
Para vários serviços e cargas, utilizar os produtos serverless dos provedores, aproveitar capacidade sazonalmente disponível no datacenter e outras manobras podem reduzir muito os custos. Junto às análises por produtos ou linhas de negócio, o que for possível automatizar ajuda muito na otimização financeira. - Cuidado com as movimentações de cargas
Praticamente todas as organizações têm projetos em nuvem e nenhuma tem projetos em uma só nuvem. O risco é que separar as camadas, com aplicações em múltiplas instâncias servidas pela mesma base de dados, pode gerar um volume de transações que estoura as contas. É interessante considerar opções de infraestrutura com custo mais previsível para as cargas de dados. - Critique os perdulários
Os dados fornecidos por ferramentas de CASB dizem muito sobre os hábitos e o skill dos usuários. Por exemplo, as contratações descentralizadas de SaaS podem indicar problemas com funcionalidades ou treinamento no software homologado. - Faça todos pensarem em dinheiro
Os princípios e práticas de FinOps (finanças+operações) servem tanto para redução de custos quanto para aumentar o valor gerado pelos serviços sobre a infraestrutura de multicloud. Com a facilidade de provisionamento elástico, o foco de decisão se desloca da área de infraestrutura para as áreas de desenvolvimento e produtos. Assim como ocorre com Segurança (SecOps) e Qualidade, a estratégia de FinOps by design implica alguma necessidade de treinamentos, ferramentas e recursos de automação, para que todos os times tenham a visão financeira como parte fundamental de suas agendas.
Diante da extensa agenda de Transformação Digital, a habilidade de explorar as alternativas de infraestrutura para sustentar o aumento de volume e a criação de serviços faz toda a diferença nos custos e no ROI.
Implementar as soluções de maior eficiência operacional do mercado, nesse contexto, é apenas parte do trabalho da Unitech. Quando se pensa em governança e sustentabilidade, o papel dos arquitetos (que olham para “cima” e entendem o comportamento das cargas na hora de planejar infraestrutura), de um comercial consultivo e outros especialistas de nossas equipes está na base do relacionamento com os clientes. Se lhe ajudar contar com essas pessoas, vamos marcar uma conversa.