Repensando a nuvem híbrida com 5G
Redes de IoT, automação baseada em IA e outras aplicações sobre 5G implicam mudanças na distribuição das cargas de processamento e de dados, por razões técnicas ou financeiras
Ao trazer o poder da conexão em alta performance em redes definidas por software (SDN), o 5G multiplica as demandas de capacidade e desempenho das plataformas de TI, como vimos na primeira parte desta série. O planejamento técnico e econômico da evolução da infraestrutura – com as decisões de sourcing mais vantajosas e sustentáveis – também deve passar por mudanças que devem ser consideradas desde já.
É claro que muitas das novas aplicações que exploram a conectividade 5G estarão em nuvem pública; talvez até a maioria. Contudo, a nuvem, ou a configuração dos serviços, não será mais a mesma nesses casos. Requisitos como baixa latência e tempo de resposta exigem mais critério com a definição de zonas de processamento, SLAs e outras escolhas que agregam custo.
Para se planejar as interconexões entre instâncias e outros componentes dos serviços, é preciso lembrar que a arquitetura da 5G, além de velocidade e baixa latência, tem uma topologia mais eficiente. Portanto, em muitos casos há oportunidade e necessidade de aproximar a infraestrutura ao consumo. Isso começa a ser feito com várias abordagens. Enquanto os datacenters e as nuvens tendem a ser as locomotivas do mundo de IoT (Internet da coisas), carros autônomos e robôs, se acentua também a tendência de edge computing. Ou seja, plataformas de servidores locais, com muita performance e capacidade para as novas aplicações, vão cada vez mais suportar colheitas, centros cirúrgicos e operações de chão-de-fábrica, inclusive com machine learnings “nascidas e criadas” com as peculiaridades de cada ambiente.
Planejando a jornada para as aplicações sobre 5G
As operadoras já estão trabalhando fortemente em projetos com grandes corporações do país. Mesmo que os resultados cheguem apenas à metade das projeções nas provas de conceito, é suficiente para alavancar as iniciativas nos seus setores. Fica tudo mais rápido, melhor e mais barato, o que muda o jogo da eficiência operacional e competitividade.
Como parceiros dos responsáveis pela infraestrutura de serviços de TI em datacenters de missão crítica, essa conversa não pode faltar na agenda. Mesmo os clientes sem essa demanda em seus pipelines, considerar o impacto do 5G é importante para tomar as decisões que mantenham um caminho sustentável de evolução do datacenter e da infraestrutura.